Moringa- A semente da vida

Moringa- A semente da vida

 

Sementes de Moringa Oleifera

Moringaceae

Moringa Oleifera Lam.

Nomes Populares

Lírio Branco, Quiabo de Quina, Acácia-branca, árvore-rabanete-de-cavalo, cedro, moringueiro, Akácia-Branka (Cabo Verde), Moxingo (India).

Ocorrência

Cresce principalmente em áreas semi-áridas tropicais e subtropicais. Sendo o seu habitat preferencial o solo seco e arenoso, tolera solos pobres, como em áreas costeiras. Tem crescimento rápido. Aparentemente, é nativa dos sopés montanhosos meridionais dos Himalaias (Noroeste da Índia). Hoje, o seu cultivo estende-se a África, à América Central e América do Sul, Sri Lanka, Índia, México, Malásia e nas Filipinas.

Morfologia

A moringa é uma planta perene. Tem um rápido desenvolvimento em condições favoráveis, atingido uma altura de até 4 metros em um ano, podendo atingir 10 – 12 metros de altura quando adulta. É uma árvore sempre verde ou decídua conforme as condições ambientais. Tem uma copa aberta espaçada com ramos inclinados e frágeis; uma folhagem plumosa de folhas pinadas em três; suas flores são bastante perfumadas, de cor branca ou bege, pintadas de amarelo na base; o seu fruto é uma espécie de vagem triangular, com grande número de sementes. É resistente a seca após o seu estabelecimento. É uma planta de reconhecido valor de seus frutos, folhas, flores, raízes, todos comestíveis, e pelo azeite, também comestível, obtido a partir de suas sementes. Também é usada extensamente na medicina tradicional nas regiões onde é nativa e onde tem sido introduzida.

Utilidades

PURIFICADOR NATURAL Em alguns países em desenvolvimento, a água dos rios utilizada para consumo humano e uso doméstico em geral, pode ser altamente túrbida, particularmente na estação chuvosa, contendo material sólido em suspensão, bactérias e outros microrganismos. A cada ano, milhões de crianças poderão morrer nesses países, vítimas de infeções causadas por água impura. É necessário que se remova a maior quantidade possível desses materiais antes de usá-la para consumo. Normalmente isso é obtido pela adição de coagulantes químicos, dentro de uma seqüência de tratamento controlado. Coagulantes químicos, tais como o sulfato de alumínio, às vezes não estão disponíveis a um preço razoável para as populações dos países em desenvolvimento. Uma alternativa é o uso de coagulantes naturais, geralmente de origem vegetal, para promover a coagulação de tais partículas. As descobertas recentes do uso de sementes trituradas de M. oleifera para a purificação de água, a um custo de apenas uma fração do tratamento químico convencional, constitui uma alternativa da mais alta importância. Em relação à remoção de bactérias, reduções na ordem de 90-99% têm sido relatadas na literatura. Deve ser observado, porém, que o uso do tratamento com sementes, assim como o de outros coagulantes naturais e químicos, não produz água purificada. O risco de infecção pode ser altamente reduzido e a água passa a ser considerada potável. Portanto, alguma forma de desinfecção, tal como fervura, é recomendada. Em um projeto piloto para tratamento de água em Malawi, na África, foi constatado que enquanto o alumínio é eficiente como coagulante apenas em uma faixa restrita de níveis de pH da água a ser tratada, as sementes de Moringa atuam independentemente do pH, constituindo-se em uma vantagem a mais em países em desenvolvimento, onde normalmente não é possível controlar efetivamente o pH antes da coagulação. Tais sementes podem ser usadas no tratamento de água, abrindo possibilidades que asseguram que os países emergentes possam ter água saudável, limpa e potável e para o uso doméstico. Poderão, sem duvida, se transformar numa solução para reduzir a incidência de doenças provocadas por água impura, que representam uma das principais causas que levam à alta incidência de morte. Há relatos, na literatura, da introdução de M. oleifera em alguns estados do Brasil a partir de 1950. Porém, como o seu potencial não era bem conhecido, a planta foi usada apenas como ornamental. A Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Aracaju, Sergipe, em um trabalho pioneiro, vem realizando um estudo preliminar com plantas de M. oleifera, relativo ao seu comportamento nas condições climáticas da região. O interesse pela potencialidade da planta vem crescendo consideravelmente na comunidade e um programa de produção de mudas já está em andamento. O plantio de mudas de M. oleifera nas estações experimentais deste Centro também já foi iniciado para que se constituam bancos de semente de futuros de programas de aproveitamento da planta como fonte de alimento e purificador natural de água para as populações das áreas sujeitas à secas.

 

Imagens em fase Adulta

 

Produção

Destinada à produção de sementes, a primeira colheita acontece entre seis meses e um ano após o plantio. Devidamente podada, a planta produz mais ramos e pode render três colheitas anuais, podendo produzir até 3 mil kg de sementes por hectare. Em seu grão contém aproximadamente 42% de óleo. Cultivada para a produção de biomassa o seu crescimento é muito rápido e pode render até 600 toneladas por hectare ano, em vários cortes.

Madeira

A raiz é em forma de tubérculo e armazena energia para a planta, que favorece em seu rebrote. A madeira é mole, porosa e amarelada.

Produção de Mudas:

A Moringa pode ser plantada em locais de altitudes variadas, desde ao nível do mar até 1.400 metros de altitude. Também pode ser plantada em quase todos tipos de solos, exceto naqueles que encharcam. Há registro de que a mesma também sobrevive em temperaturas que variam de -1 a 3°C a 38 a 48°C. Ela é susceptível a ventos intensos. Para o seu plantio recomenda-se o espaçamentos de 3,0 por 3,0 metros a 5,0 por 5,0 metros. Em caso de plantio ornamental utilize o espaçamento de 5,0 metros/planta em linha. Sua propagação pode ser feita através de sementes, mudas ou estacas de 1 a 1,4 m de comprimento, com diametro que varia de 0,04m a 0,05m. A semeadura deve ser feita em covas a uma profundidade que varia de 1 a 2 cm. Não há necesidade de um tratamento germinativo prévio para as sementes. As sementes podem germinar até 9 dias depois de plantadas, dependendo das condições. Para facilitar a colheita de sementes é recomendada uma poda anual na altura de 1,5 a 2 metros, evitando assim que cresça demais e que suas sementes fiquem muito altas, difíceis de colher, desse modo a árvore produz mais ramos. Fazendo a poda após cada colheita, pode haver até 3 colheitas/ano. Há informações de que as suas sementes perdem o poder germinativo após três meses de colhida.

Informações Complementares

Considerada como uma das árvores cultivadas mais úteis para o ser humano, praticamente todas as suas partes podem ser utilizadas para diversos fins. Nos trópicos, a sua folhagem é usada como forragem para animais. As suas sementes, oleosas, são utilizadas para a produção do óleo de Ben (ou Bem), usado em pintura artística. São cápsulas arredondadas e com três asas equidistantes. As folhas são bipenadas. As flores são amarelo-pálidas e relativamente grandes. A sua polinização é efectuada por pássaros. A madeira é usada na produção de papel e de fibras têxteis. As raízes são consideradas abortivas.

Fonte

Esplar -Centro de Pesquisas e Acessoria.


Crie um site gratuito Webnode